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Realismo no Brasil

Contexto Histórico ↓

  • Surgiu a partir da segunda metade do século XIX.
  • As ideias do liberalismo e democracia ganham mais espaço.
  • As ciências evoluem e os métodos de experimentação e observação da realidade passam a ser vistos como os únicos capazes de explicar o mundo físico.
  • Em 1870, iniciam-se os primeiros sintomas da agitação cultural, sobretudo nas academias de Recife, SP, Bahia e RJ, devido aos seus contatos frequentes com as grandes cidades europeias.
  • Houve também uma transformação no aspecto social com o surgimento da população urbana, a desigualdade econômica e o aparecimento do proletariado.
O Realismo iniciou-se na França, em 1857, com a publicação de “Madame Bovary”, de Gustave Flaubert.
No Brasil foi em 1881, com “Memórias Póstumas da Brás Cubas” de Machado de Assis e “O Mulato” de Aluísio Azevedo.

Características específicas ↓


  • Oposição ao idealismo romântico. Não há envolvimento sentimental.
  • Representação mais fiel da realidade.
  • Romance como meio de combate e crítica às instituições sociais decadentes, como o casamento, por exemplo.
  • Análise dos valores burgueses com visão crítica denunciando a hipocrisia e corrupção da classe.
  • Influência dos métodos experimentais.
  • Narrativa minuciosa (com muitos detalhes).
  • Personagens analisadas psicologicamente.

Principais autores e obras ↓

  • Machado de Assis: A mão e a luva, Helena, Iaiá Garcia ,Memórias Póstumas da Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó.
  • Raul Pompéia: O Ateneu.
  • Aluísio Azevedo: O cortiço, O Mulato, Casa de pensão.
  • Inglês de Souza: O missionário.
  • Adolfo Caminha: A normalista, Bom-Crioulo.
  • Domingos Olímpio: Luzia-Homem.

Comentário sobre Machado de Assis ↓

É considerado o maior escritor do século XIX, escreveu romances e contos, mas também aventurou-se pelo mundo da poesia, teatro, crônica e critica literária. Nasceu no Rio de Janeiro em 1839 e morreu em 1908. Foi tipógrafo e revisor tornando-se colaborador da imprensa da época.
Sua infância foi muito pobre e a sua ascensão artística se deve a muito trabalho e dedicação. Sua esposa, Carolina Xavier, o incentivou muito na carreira literária, tanto que foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.
Escreveu muitos romances, apesar de serem romances ,muitas obras também revelam algumas características que futuramente marcarão a fase realista e madura do autor, como a análise psicológica dos personagens, o humor, monólogos interiores e cortes na narrativa (uma das suas principais características). Como cronista escreveu, entre 1892 e 1897, para a Gazeta de Notícias, sob o título “A Semana”. Embora suas peças teatrais não tenham o mesmo nível que seus contos e romances, ele nos deixou “Quase ministro” e “Os deuses da casaca”.
Como crítico literário, além de vários prefácios e ensaios destacam-se 3 estudos: ”Instinto de nacionalidade”,”A nova geração” e “O primo Basílio” (a respeito do romance de mesmo nome de Eça de Queirós).

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